Crédito foto Glen Yoshioka Foto divulgação
O tarifaço — tarifas entre 40% e 50% impostas pelos EUA — gera efeitos diferentes para cada setor.
1. Impacto nacional é moderado
O Ministério da Fazenda estima:
- perda de 0,2 ponto do PIB, reduzida para
- 0,1 ponto após o Plano Brasil Soberano.
2. Impacto local é profundo
Municípios dependentes de exportações sofrem mais:
- Bituruna (PR): madeira — risco de demitir 500 trabalhadores.
- Juazeiro (BA): frutas — risco de queda de 70% das exportações.
- Bragança Paulista (SP): máquinas e químicos — impacto em US$ 20 milhões exportados.
3. Impacto por cadeia produtiva é heterogêneo
| Produto | Impacto |
| Madeira | Altíssimo |
| Carne bovina | Altíssimo |
| Suco de laranja concentrado | Alto |
| Máquinas e equipamentos | Alto |
| Café | Moderado |
| Soja | Baixo |
Crédito foto Jordi Cabané – Foto divulgação
4. Reações do Governo Federal
O Plano Brasil Soberano inclui:
- R$ 30 bilhões em crédito emergencial
- diferimento de tributos
- compras públicas para estimular demanda
- exigência de manutenção de empregos
5. Visões especializadas
Maria Dutra (IFMG) explica que:
– suco de laranja industrializado será fortemente impactado;
– a fruta in natura pode baratear no mercado interno;
– café não deve baratear ao consumidor.
Lucas Arantes (IFTM) afirma:
– carne bovina não ficará mais barata;
– redirecionamento comercial mantém preços altos;
– Brasil compensa perdas com exportação para China e México.
Emanuel Ornelas (FGV) reforça que:
– impacto é moderado no agregado;
– commodities encontrarão novos compradores;
– produtos especializados sofrerão mais;
– retaliação unilateral não é recomendada.
6. Síntese do cenário
O tarifaço se transforma em um assunto simultaneamente econômico, local, geopolítico e diplomático exigindo ação coordenada entre União, estados, municípios e setor produtivo.
Fonte: P&G


