Foto Paulo Pinto/Agência Brasil
Sentimento de pessimismo em relação ao Brasil entre os entrevistados é de 50% na pesquisa atual, enquanto os que se disseram otimistas com o país são 31%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Por Gustavo Petró, g1
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (13) aponta o orgulho de ser brasileiro caiu para 74% enquanto a vergonha de ter a nacionalidade subiu para 24%.
Segundo o levantamento, em 2023, 83% afirmaram ter mais orgulho, enquanto 16% disseram ter mais vergonha.
Veja os números:
- Mais orgulho do que vergonha: 74% (eram 83% na pesquisa anterior);
- Mais vergonha do que orgulho: 24% (eram 16%);
- Não sabem: 2% (eram 1%);
- Outras respostas: 1% (eram 1%).
O levantamento aponta que a baixa histórica do orgulho de ser brasileiro foi em 2017, quando 50% afirmaram ter mais orgulho do que vergonha da nacionalidade, enquanto 47% disseram ter mais vergonha do que orgulho.
O pico de orgulho foi registrado em 2010. Neste ano, 89% declararam ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro e 9% afirmaram ter mais vergonha do que orgulho.
A taxa de quem tem orgulho de ser brasileiro, segundo o Datafolha é maior entre os eleitores de Lula (PT), com 85% dos que declararam voto no presidente no segundo turno de 2022. Entre quem afirmou que votaria em Lula nas eleições de 2026, a pesquisa aponta que o índice chega a 88% contra 10% dos que dizem que têm vergonha da nacionalidade.
Já entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, 65% se declaram mais orgulhosos do que envergonhados, e o sentimento de vergonha fica em 33%, segundo a pesquisa. Entre os que declararam que votariam no ex-presidente em 2026, o índice permanece estável: 64% se declaram orgulhosos, contra 35% envergonhados. Bolsonaro está inelegível até 2030 após ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Datafolha também aponta que o sentimento de pessimismo em relação ao Brasil entre os entrevistados aumentou: passou de 47% em 2023 para 50% na pesquisa atual. Os que se disseram otimistas com o país eram 35% no levantamento anterior e, agora, são 31%.
Veja os números:
- Pessimista: 50% (eram 47% no levantamento anterior);
- Otimista: 31% (eram 35%);
- Hesitante: 19% (eram 18%).
O pico de pessimismo, segundo a pesquisa, foi registrado em outubro de 2018, logo antes do primeiro turno das eleições presidenciais, batendo em 58%.
O Datafolha aponta que, entre os eleitores que disseram ter votado em Lula em 2022, 47% têm sentimentos otimistas em relação ao país. Já entre os eleitores de Bolsonaro, índice que é de 18%.
A pesquisa foi realizada presencialmente com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em 136 municípios pelo Brasil nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Avaliação do governo Lula
Dos entrevistados, 31% avaliam o governo como regular, e 1% não soube ou não respondeu.
Segundo o instituto, o cenário é de estabilidade, e a avaliação do governo mantém o pior nível de todos os três mandatos do presidente Lula. Na pesquisa anterior, de abril, 38% avaliavam o governo Lula como ruim ou péssimo; 29%, como ótimo ou bom; e 31%, como regular.
Veja os números:
- Ruim/péssimo: 40% (eram 38% em abril);
- Regular: 31% (eram 32%);
- Ótimo/bom: 28% (eram 29%);
- Não sabem: 1% (era 1%).
