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Desemprego fica abaixo de 6% pela primeira vez no Brasil, aponta IBGE

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Número de desocupados recua, informalidade encolhe e emprego com carteira atinge recorde no trimestre.

Congresso em Foco

31/7/2025 10:00

O desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, segundo dados da Pnad Contínua Mensal divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE. Trata-se da menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012. O resultado reflete a expansão da população ocupada, o avanço do emprego formal e a queda no número de desalentados.

Segundo o levantamento, o total de desocupados recuou para 6,3 milhões de pessoas, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior e de 15,4% frente ao mesmo período de 2024. Ao mesmo tempo, o contingente de pessoas ocupadas chegou a 102,3 milhões, alta de 1,8% no trimestre e de 2,4% no ano.

“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Esta é a primeira vez que a taxa de desemprego no Brasil fica abaixo de 6%. O menor nível tinha sido registrado no trimestre encerrado em novembro do ano passado (6,1%).

Série histórica do IBGE sobre desemprego

Emprego formal bate recorde e informalidade recua

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, novo recorde da série. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,7%. Já a taxa de informalidade caiu para 37,8%, a segunda menor da história, atrás apenas do trimestre equivalente de 2020.

Apesar do avanço da ocupação sem carteira (alta de 2,6%) e por conta própria com CNPJ (alta de 3,8%), o aumento expressivo dos empregos formais puxou o índice para baixo. O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) também caiu para 2,8 milhões, o menor nível desde 2016.

Setor público e educação puxam alta na ocupação

Entre os dez grupamentos de atividade, apenas administração pública, educação e saúde registraram crescimento no trimestre, com destaque para o setor educacional. O número de empregados no setor público chegou a 12,8 milhões, alta de 5% em três meses e novo recorde.

Na comparação anual, também cresceram os setores de indústria, comércio, transportes, serviços financeiros e profissionais, além dos serviços públicos.

Rendimento e massa salarial também batem recorde

O rendimento médio real habitual atingiu R$ 3.477, um aumento de 1,1% no trimestre e de 3,3% no ano. Já a massa de rendimento chegou a R$ 351,2 bilhões, maior valor já registrado pela pesquisa. O indicador subiu 2,9% no trimestre e 5,9% em relação ao ano anterior, o que representa R$ 19,7 bilhões a mais na economia.

A Pnad Contínua é realizada com base em 211 mil domicílios em 3.500 municípios, sendo a principal pesquisa sobre a força de trabalho no país. Os dados divulgados nesta edição já consideram a reponderação da série histórica com base no Censo Demográfico de 2022.

A próxima divulgação da Pnad está prevista para 29 de agosto, com os dados referentes ao trimestre encerrado em julho.

Fonte: Congresso em Foco

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